Sobre ausência de posts nestes últimos tempos

Motivo nº:n+46

Quando a situação pede uma leitura, um silêncio, um aquietar da mente.


Como eu já tinha dito em outro post, eu tive a dádiva de encontrar aleatoriamente na biblioteca O fio da Navalha. Fiquei com esse livro por mais de três semanas, eu acho. A princípio demorou para que eu me agarrasse a ele. Tenho uma certa dificuldade com livros antigos. Mas, estamos nessa vida para aprender, não é mesmo?Então decidi me empenhar nessa leitura e descobri que livros antigos têm uma leitura agradabilíssima e o que nos impede de lê-los é aquela velha convenção que dita a opinião pública: a maioria não gosta, não gostarei também, sem ao menos experimentar ou tomar conhecimento.
Enfim, apreciei muito o enredo além de alguns pontos que vão de encontro com o que acredito. Pontos que dizem sobre a unidade do universo, sobre o desapego, sobre os excessos, sobre saber destinar a energia para a evolução. Realmente, adorável. Fiz muitas anotações dele.
Muito bem. Quando nos abrimos para as coisas, sem pedir, sem desejar, apenas agradecendo e confiando, as coisas fluem. Quando nos permitimos aprender, quando nos permitimos ser, as coisas acontecem. E, como a circunstância em que estava vivendo me colocava em situação de sair do cômodo, uma sede de tornar a ser se apossou de mim. Precisava continuar a ler e a silenciar e a aquietar minha mente, de modo a não fugir da minha realidade, mas sim aprender um pouco com esse instrumento que é a leitura. Reservemos isto.
Como Mr. Maugham não utilizou os nomes verdadeiros dos personagens de seu romance, pesquisei na internet para ver se havia algo mais sobre Larry, o homem que "não é célebre; talvez nunca chegue a sê-lo. É possível que, ao atingir o fim da vida, não deixe, de sua passagem pela Terra, vestígio maior que aquele que a pedra atirada ao rio, deixa na superfície das águas [...]."* Mas não encontrei nada além do conteúdo desse site, o qual deixo aqui o link para mais detalhes Quando li o conteúdo deste site citado, descobri um novo título: Sidarta, um livro escrito por Hermann Hesse. Este tornou-se, logo, a meta de leitura quando acabei O fio da Navalha.
Imagem Pessoal - Livro Sidarta
Imagem Pessoal - Livro Sidarta, por Hermann Hesse


O que posso dizer desse livro tão pequeno, mas que já considero pacas? haha
Não há o que dizer. É simplesmente indescritível. Leitura fluída, não é aquela coisa moralista. A divina presença usando seus filhos para ajudar seus próprios filhos. 
Mais uma vez sou muito grata por ter acesso a isso, por poder receber de presente as setas que indicam o caminho, esse caminho infinito que é a vida :)

*trecho inicial de Path of Love presente na página 10 do livro O fio da Navalha, por William Somerset Maugham.

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