Saltemos

Motivo nº:n+103

DE VOLTA O CÃO ARREPENDIDO (MENTIRA). UM POST SOBRE DESCULPAS, AMELIE, QUERERES E SALTOS.

Muitas coisas. Nem sei por onde começar. Bom, vamos começar pelas desculpas.

Estou ciente de que há mais de um mês não posto aqui, ausência que se deu por dois motivos: 1) falta de tempo e 2) uma preguicinha, admito, pois se eu tivesse me esforçado dava pra postar alguma coisa, mas sempre que pensava em postar vinha uma vozinha na minha mente dizendo "ah, não, amanhã você faz isso". Enfim, cá estou.

Como todos sabem, e também para aqueles que não sabem, meu ano letivo ainda não acabou e em teoria não estou de férias, é apenas um recesso por causa dos feriados que vêm por aí. Em teoria também minhas aulas voltariam dia 02, mas como os professores do DL são uns amores, nós vamos voltar só dia 09. Ou seja, duas semanas e meia em Paradise City. Ou seja, não vou passar meu aniversário estudando (o que seria um fato inédito, dado que meu aniversário nunca caiu no período letivo). 
Muito bem. O que tenho para justificar minhas desculpas é que na volta (foram tantas voltas esse ano que já nem sei mais sobre qual "volta do que" estou tratando), enfim, num dado momento em que voltei para as aulas, meus professores resolveram passar todos os trabalhos do mundo. Eu estava tendo trabalho e trem pra ler toda semana, então não tive muito tempo. A justificativa para a segunda desculpa é que estive muito ocupada passando meu tempo com uma das melhores companhias da vida do melhor jeito possível. Or be, agora que vim para casa que resolvi dar esse tempinho para cá. Até porque, né, me considero de "férias" praticamente (só vou pensar em coisas da faculdade ano que vem -"ano que vem" hahahaha).
Desculpas dadas e justificadas, posso agora tratar do tema deste post: saltar sem exaltar.
Faço aqui uma referência ao meu filme favorito, O fabuloso destino de Amelie Poulain.

Dia desses vi essa ilustração no insta, no feed da @anaclaratissot. Além do desenho (porque essa ilustradora é fenomenal, suas ilustrações são carregadas de uma conotação que trazem lições simples da vida -vale a pena seguir o feed dela), a frase faz todo sentido para mim. 

"Quando chega a hora precisa saltar sem hesitar".

O tempo todo somos movidos pelo medo, medo de errar, medo de não ser para os outros o que os outros esperam que sejamos e acabamos nos esquecendo de perguntar para nós mesmos o que queremos. Devo abrir um parágrafo sobre querer aqui.
Se você acompanha o blog deve saber que em algum momento eu disse que não deveríamos ousar querer alguma coisa pois não temos domínio sobre nada no universo. E sobre isso, de fato, ainda mantenho minha opinião. O que quero dizer nesse post de hoje é sobre um querer quando estamos inseridos na sociedade, no dia-a-dia, na vida social onde somos sugados por um redemoinho de opiniões e por situações que muitas vezes nos deixam perdidos e sem saber como lidar. Resumindo: tomadas de decisões. Eu, recém chegada na vida adulta creio que é esse o maior susto e a chave para o maior conflito humano (conflito esse puramente ilusório). Vamos lá. Por que as tomadas de decisões nos deixam desesperados? Simplesmente pelo fato de não termos domínio do que pode acontecer em seguida. Simplesmente pelo fato de que, além disso, sabemos que mesmo não tendo domínio seremos julgados pelo que escolhemos. 
Relacionamentos que podem ou não dão certo, propostas de trabalho, oportunidades de estudo, mudança de moradia, aquisição de um automóvel, esse caminho ou aquele são desafios que requer de nós mesmos punho firme, certeza do que queremos ou não. E quando tomamos uma decisão é apenas isso. Nada mais importa. Creio que é sobre isso que a frase que o "homem de vidro" diz à Amelie. Não se pode adiar uma escolha, uma decisão. E se você tem consciência de que essa decisão não vai te prejudicar e nem a ninguém mais, é melhor não pensar duas vezes.
Saltemos.