Motivo nº:n+124
Reviravoltas
Pois bem, estava prestes a escrever aqui sobre as escolas de samba vencedoras no carnaval do Rio e de SP (já estavam prontos dois parágrafos, inclusive). Entretanto, deixei o computador e me dediquei a mexer no arquivo de papéis que minha mãe guarda num guarda-roupa na área de serviços. Por que um guarda-roupa? Um dia, ele já exerceu a função de seu nome, mas como foi substituído por um novo, minha mãe resolveu guardar toda a papelada nossa nele (o que foi uma ótima saída).
Estou prestes a viajar e decidi recordar meus escritos juvenis. Para quem não sabe, e pode conferir clicando aqui com mais detalhes, minha primeira profissão era querer ser escritora. Essa vontade oscilou muito durante meu crescimento, mas minha paixão por escrever nunca me abandonou e influenciou diretamente na escolha do meu curso de faculdade (por isso sou muito realizada com minha graduação <3). Então, por volta dos meus 13 anos de idade escrevi meu primeiro romance mais longo, vamos dizer. E, assim, escrito na folha de papel mesmo, a lápis MESMO. Daí em diante fui escrevendo, escrevendo e parei, acho que, um pouco antes de entrar para a primeira faculdade. Na verdade, creio que no terceiro ano do ensino médio já não escrevia mais. Tenho dúvidas quanto às datas porque não as registrei nos papéis, apenas registrei as primeiras (mesmo assim, um bom tempo depois de escrevê-las, enquanto ainda não tinha a memória ocupada por Saussure e todo o mais de conhecimento e de experiência de vida que vivi de lá para cá).
Muito bem. Meu objetivo é, como está tudo no papel, quero passar para o computador. E como terminei a faculdade, estou mais livre para fazê-lo.
Acontece que: estou em choque.
Acho que há quatro anos não mexia nisso. E, agora, não consigo acreditar que tenha tanta coisa escrita. Até mesmo os textos que escrevi, não lembrava das reviravoltas do enredo!
Não vou desistir de passá-los para o computador, pois, quem sabe?!, com eles passados e revisados, eu não possa pensar em publicá-los (o que era outro sonho meu)?
E a sensação de retomar um eu de dez anos atrás? É incrível! Ao ler os primeiros textos, vejo a jovem Núbia, na sua inocência e no seu romantismo. Um jeitinho próprio de escrever, um modo muito diferente do que eu tenho hoje, mas que não julgo de maneira nenhuma. Minha emoção é de admiração. Como pode? Como pude, acho que é a verdadeira questão. Alguns pontos dos conteúdos mudaria, outros me dão orgulho. E acho que isso diz muito sobre como a vida é. Revisitarmos nossos eus antigos é enriquecedor, porque muitas coisas mudam, mas, parafraseando novamente a célebre música de Coldplay, nós nunca mudamos, a essência continua!
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