Motivo nº:n+141
Finalmente essa leitura, e uma resenha dela
Olás!
Depois que a graduação acabou,
finalmente pude voltar a tocar num livro de romance. A primeira coisa que fiz
ao ir para minha cidade natal foi recuperar minha pequena coleção de livros
formada durante minha adolescência. Trouxe-os e minha volta às leituras começou
pelos livros que comprei, mas não os tinha lido desde o começo da graduação.
Resolvi começar por A Letra
Escarlate, escrito por Nathaniel Hawthorne. Minha edição é uma edição de bolso
da Coleção A Obra-Prima de Cada Autor. A obra é um clássico da literatura
americana e meu interesse em lê-la despertou após ver várias referências em
vários livros.
Enredo
Hester Pryne sai da prisão com sua
filha no colo. Presa pelo crime de adultério, carregava como punição permanente
um símbolo da letra A na cor escarlate em seu peito, além do peso da exclusão
da sociedade e de sua ardilosa criança, a pequena Pearl. A história se passa já
após o crime e vai narrar a trajetória do triângulo de segredos envolvendo Hester,
o pastor Dimmesdale e o velho Roger Chillinworth. Sob um cenário puritano do
século XVII na cidade de Salem (Massachusets).
Recomendo
O
início do livro tem como introdução o conto A Alfândega, no qual Nathaniel narra
seu emprego na alfândega, até seus companheiros, e finalmente os documentos
encontrados que o levariam a escrever a história que o consagrou como o
primeiro grande escritor estadunidense. O que mais gosto em toda obra, desde o processo de intenção da escrita até o desfecho, é que Hawthorne fora demitido do trabalho na alfândega por questões políticas e, nesse momento, sua esposa o encorajou a escrever um livro. Não sei se fica claro, mas o que me deixa extasiada foi a ocasião ter favorecido que o talento do autor fosse colocado à prova, além do apoio que recebeu para o projeto.
Também me agrada o modo como Nathaniel escreve (não é à toa que se tornou um renomado escritor pela obra). Por mais que a história se presuma logo no começo (o segredo não é segredo para quem o lê, e os personagens são óbvios em suas funções secretas), há algo que prende o leitor a cada página.
Devo confessar que de início, minhas primeiras impressões revelaram uma leitura difícil e cansativa. Mas isto durante a leitura de A Alfândega. De fato, era uma descrição rica e o peso dos dados tinha sua importância. Enfim. Recomendo e muito essa leitura. Principalmente porque, numa análise de diferentes tempos, pouca coisa tem mudado com relação à visão da sociedade frente a uma mulher que com seus motivos deixou o antigo casamento e teve, portanto, que criar sua criança sozinha. Pois, ao longo da leitura, Hester revela-se não como uma mulher adúltera, mas como uma mulher que teve seu casamento arranjado com alguém que não amava. Mas a sociedade só soube acusá-la e julgá-la. O que mudou de lá para cá?
Produzido em Canva |
2 Comentários
Eu sempre tive curiosidade sobre essa história, tanto o filme, quanto o livro. E agora com sua resenha, me deu bastante vontade de conhecer mais a fundo.
ResponderExcluirOs Delírios Literários de Lex
Fico feliz que a resenha tenha influenciado na sua leitura. Recomendo muito! Ainda quero ver o filme também :D
ExcluirAbraçz
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