8 motivos para você assistir à série Atypical

Motivo nº:n+148

Mais um tributo ao Dia Mundial do Autismo: uma série, uma forma de ver o mundo a partir do ponto de vista de um jovem autista e das pessoas que o cercam

Olás!

A recomendação de hoje é sobre a série Atypical. Lançada em agosto de 2017, a série aborda a vida de Sam, um jovem com TEA, retratando tanto seu relacionamento com os familiares, com a escola, com o trabalho e com os amigos (que se resumem a Sahide, seu colega de trabalho, e à Paige sua colega de escola). Conheci por recomendação de uma amiga e me apaixonei pela série, vendo as duas primeiras temporadas de uma só vez!
É uma série bem construída que tenta ao máximo aproximar a arte da realidade vivida por um jovem autista, mostrando as crises em família, a superproteção de sua mãe, a não aceitação de seu pai, as dificuldades de adaptação às novas rotinas e muitos outros aspectos.
Aqui, hoje, listo para vocês X motivos para vocês assistirem a esta série.

Adaptado do Cartaz da NETFLIX

1) Precisamos falar sobre Autismo 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 88 crianças apresenta traços de autismo. Além disso, a organização estima que há 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo 2 milhões só no Brasil.

O Transtorno é caracterizado como um transtorno do neurodesenvolvimento. Embora as características se apresentem de modos diversos em cada indivíduo autista, há alguns aspectos marcantes que se mostram em muitos deles de modo geral, como dificuldades na linguagem, no comportamento e na interação social. (Confira aqui dicas de como auxiliar um indivíduo com autismo ou familiarde um autista nesse período de isolamento social por causa da pandemia da covid-19.
Muitas produções audiovisuais mostram uma versão romantizada de como é o autismo, o que não é o caso de Atypical. A série não é técnica, porém as informações básicas que qualquer pessoa precisa saber acerca do transtorno são mostradas de uma forma descomplicada e realista. 


2) Foco também em outros assuntos

Embora o tema principal seja sobre o autismo, há temáticas além destas que são exploradas pela série. Há a crise no relacionamento entre Elsa e Doug (pais de Sam), as incertezas de Casey sobre sua orientação sexual, além de incertezas sobre a faculdade, términos de relacionamento, a primeira vez, entre outros. Ou seja, além dos enredos voltados para o protagonista Sam, os personagens secundários e as histórias que os cercam também têm presença importante na série. 


3) Mensagens reais

Como eu disse na introdução, Atypical é excelente em mostrar ou pelo menos tentar se aproximar da realidade, construindo personagens que erram, que magoam, que se magoam, que se cobram, mas que também acertam, perdoam e olham mais para si e para os outros. 


4) Uma mistura de drama e humor nas doses certas

Embora trate de um assunto sério, o autismo, a série sabe bem equilibrar as doses de humor e de drama de modo sutil e marcante ao mesmo tempo. A literalidade de Sam dá um toque ao humor de forma que rimos da situação em si, e não do personagem. Além disso, por ser uma série bem construída e próxima da realidade, os momentos de drama de Atypical não são cenas forçadas. 
Se está procurando por uma série que te faça rir, mas que também estimule você a pôr os sentimentos para fora em forma de lágrimas, Atypical é uma excelente aposta.


5) Empatia

As situações retratadas em Atypical nos fazem refletir e nos colocarmos nos lugares das personagens. As decisões, as atitudes, tudo é repensado antes de qualquer julgamento. Assistir essa série faz você ver o outro lado da moeda, o lado em que é preciso passar por uma situação para poder pensar em ter um julgamento sobre. E Atypical nos faz sentir exatamente como se estivéssemos nesse outro lado da moeda, nos solidarizando com os dramas, as crises, as atitudes “egoístas” dos personagens, suas falhas. E isto não só sobre Sam, mas também sobre as pessoas que o cercam.


6) Auto-Identificação

E a sensação de empatia que a série gera também faz com que nos identifiquemos com os personagens quanto ao nosso lugar no mundo. O fato de que as diferenças precisam ser enxergadas e respeitadas nos faz com que aceitemos não só as condições e os limites dos outros, mas também os nossos.


7) Elenco e atuações incríveis

O elenco da série é impecável. Comecemos por Keir Gilchrist, quem interpreta o protagonista Sam. Keir consegue transmitir com excelência as emoções do personagem, além das características que enquadram Sam no espectro. As atuações têm destaque também para Jennifer Jason Leigh, interpretando Elsa, a mãe de Sam e de Casey, Brigette Lundy-Paine, interpretando Casey, a irmã de Sam, e Michael Rapaport, com o papel de pai de Sam.


8) Série curtinha, ideal para maratonar e repetir!

A série também é curtinha, tão curta que sempre que vejo alguma notícia antiga sobre “Atypical terá uma 3ª temporada” pulo de alegria. Mas daí leio a data da notícia e me lembro de que já vi a 3ª temporada inteira faz tempo. Pois que, como disse na introdução, maratonei a 1ª e a 2ª juntas e em pouco tempo!
A primeira temporada tem oito episódios, cada um com duração de 30 minutos, enquanto a 2ª e a 3ª contam com dez episódios, com cerca da mesma duração.

Estes são os motivos principais que me fazem recomendar a vocês que assistam Atypical. Já estou ansiosa pela 4ª temporada (que descobri ser a 4ª e última da série :( )
Se você já assistiu, o que mais gostou e o que menos gostou? Deixe sua opinião aqui nos comentários!

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6 Comentários

  1. Olá Nubia!
    Gostei dos pontos que você destacou, eu ainda não assisti a serie, mas já ouvi falar muito bem dela! Acho que vou maratonar nessa quarentena (ou pelo menos ela vai entrar na minha lista de series para assistir, rsrs)

    Beijos!!
    Jardim de Peônias

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    1. Oi, Emy!
      Super indico! Quando tiver oportunidade, vale muito a pena assistir!

      Abraçz

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  2. Não conhecia, mas fiquei curiosa! :)
    beijinhos

    www.amarcadamarta.pt

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  3. Pelo que vejo de trechos da série no Facebook, ela parece ser ótima. Traz um assunto super necessário, porque até hoje pensam que autismo e asperger são doenças. Os motivos também nos prendem. Ótimas dicas.

    http://heythay.blogspot.com/

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    1. Obrigada, Thainará! De fato, é um assunto super relevante e sendo tratado com leveza pela série informa e entretém ao mesmo tempo.

      Abraçz

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